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Marketing
Renata Gomes
há 1 ano
O que é nicho de mercado e como descobrir o seu?
Nicho de mercado é um conceito que parece simples, mas é fácil de confundir.
E para quem planeja abrir uma empresa ou tem no próprio nome uma marca, isso faz toda a diferença.
Não saber qual seu nicho de mercado pode levar você a investir errado, direcionando o orçamento para um público que não tem tanto interesse assim naquilo que oferece.
E tem mais, se você não entender qual a diferença entre segmento e nicho de mercado, pode mudar o modelo de negócio por medo da alta concorrência.
É por isso que você deve ver um nicho de mercado como oportunidade.
Vamos te ensinar a partir de agora como focar as suas ações em pessoas específicas e tirar proveito disso.
Nicho de mercado é um recorte dentro de um determinado segmento, que considera um grupo de pessoas com interesses, necessidades e preferências bastante particulares.
É um público com grande potencial específico, mas que não é tão bem atendido quanto poderia quando as ações são voltadas ao mercado como um todo.
Você pode encontrar e definir um nicho de mercado levando em conta os seguintes aspectos:
- Preço (alto, moderado, descontos)
- Demografia (sexo, idade, nível de renda, nível de escolaridade)
- Nível de qualidade do produto/serviço (premium, alta, moderada, baixa, barata)
- Psicografia (valores, interesses, atitudes)
- Geográfico (a localização precisa do comprador).
Qual a diferença entre segmento e nicho de mercado?
Vender significa oferecer o produto certo para os clientes certos, na hora certa e com a mensagem certa.
Para isso, você deve levar em conta fatores como preço, qualidade, localização, demografia e também aspectos emocionais, já que a compra por impulso é praticada por 60% das pessoas.
As diferenças são bem sutis.
A primeira delas é que nichos são pequenos e segmentos são grandes.
Ou seja, um nicho é sempre parte de um segmento.
Em segundo lugar, é também uma estratégia usada por pequenas empresas para evitar competir com um líder de mercado.
A questão é que os grandes players têm um poder de compra impeditivo para os pequenos.
Concorrer com eles pode ser mesmo uma missão ingrata.
Existem diferentes maneiras de classificar o que o cliente quer: de acordo com suas necessidades, seus desejos e suas demandas.
Mas para decidir tudo isso, você precisa primeiro realizar a segmentação.
Ou seja, deve dividir os clientes em grupos menores, considerando aspectos semelhantes.
Esse processo vai permitir uma comunicação mais assertiva com seu público por meio de técnicas de marketing direcionadas.
Por exemplo, existem produtos destinados a várias faixas etárias.
Não adianta atingir adolescentes em uma divulgação de produtos para idosos.
Assim, a segmentação também permite direcionar melhor os recursos do seu orçamento de marketing.
Elas são dividias em:
Segmentação geográfica: A segmentação geográfica é, geralmente, a mais fácil. Basicamente, ela cria diferentes grupos de público-alvo com base na localização desses consumidores.
Isso pode ser em âmbito local, regional, nacional ou até mesmo global.
E os esforços de marketing seguem na mesma linha das vendas.
Você não vai investir em publicidade no Google para alcançar gaúchos se a sua empresa foca no mercado cearense, por exemplo.
Segmentação demográfica: Aqui, temos outro dos tipos de segmentação de mercado simples e amplamente usados.
Sua principal característica está na divisão do público de acordo com certas variáveis.
Com base nelas, a empresa tenta encontrar as pessoas certas para comprar o que ela oferece.
Dentre as variáveis próprias da segmentação demográfica, você vai encontrar:
- Idade
- Sexo
- Tamanho da família
- Estágio do ciclo de vida
- Renda
- Escolaridade
- Ocupação
- Religião
- Raça
- Nacionalidade, entre outros.
Um exemplo claro de segmentação demográfica é o do mercado automobilístico.
Até porque todo mundo sabe que existem diferentes faixas de preços nele, justamente por mirar pessoas diferentes.
Um carro popular custa bem menos e tem um público diferente de um esportivo de luxo.
Nesse exemplo, as empresas do setor segmentam o público com base na renda.
Mas poderia ser no tamanho da família.
É o que faz uma marca de laticínio com embalagens menores, voltadas a pessoas solteiras e que moram sozinhas.
Segmentação comportamental: Como o nome sugere, essa segmentação divide a população com base em seu comportamento e padrão de tomada de decisão.
Isso permite que os profissionais de marketing desenvolvam uma abordagem mais direcionada.
Assim, é preciso pensar nos seguintes pontos:
- O que esses clientes precisam?
- O que compram?
- Quando compram?
- Quais os benefícios que procuram?
- Com que frequência?
Vamos a um exemplo?
Alguns compradores podem preferir sabonete líquido, enquanto outros gostam do tipo em barra.
Dá para focar nos dois ou direcionar esforços para atrair apenas um dos grupos.
Isso acontece bastante também no mercado de smartphones.
Veja a batalha entre Apple e Android, por exemplo.
Em geral, enquanto os celulares da primeira miram um público premium, os da segunda são mais democráticos, acessíveis e conhecidos pela quantidade de aplicativos gratuitos.
Segmentação psicográfica: A segmentação psicográfica é bastante semelhante à comportamental.
A diferença é que ela também leva em conta os aspectos psicológicos do comportamento de compra do consumidor.
Pode ser o estilo de vida, a classe social ou a personalidade (como interesses e opiniões).
É óbvio que duas pessoas com estilos de vida diferentes farão escolhas diferentes.
Um cliente tradicional e conservador pode ser acessado a partir da mídia impressa, enquanto outro de perfil mais moderno talvez goste de receber ofertas por e-mail ou até no WhatsApp.
Nesse caso, ainda que pertençam ao mesmo grupo demográfico, as características psicográficas das pessoas podem variar muito.
MAS COMO DESCOBRIR O MERCADO QUE VOCÊ DEVE ATUAR?
1. Defina em qual mercado você quer atuar: Por isso, o primeiro passo para ser bem-sucedido é encontrar um mercado no qual você terá prazer em atuar.
Mas não se deixe levar apenas pelos sentimentos.
A escolha do mercado precisa ser racional, considerando as oportunidades que o nicho oferece.
Como qualquer negócio, se não for rentável, mude de ideia.
2. Identifique as dores do seu público-alvo: Você precisa identificar as dores do seu público para oferecer o remédio certo a ele.
Faça um estudo de mercado, levante informações junto às redes sociais e fóruns online.
Tente descobrir sobre o que as pessoas do seu nicho estão falando, quais são as suas dúvidas, problemas e preocupações.
Se você já atua em um mercado amplo, faça uma pesquisa qualitativa junto aos próprios clientes.
Só não se arrisque em um novo nicho sem saber ao certo o que o consumidor deseja receber de você.
3. Avalie se você tem o conhecimento necessário: Assim que mapear as dores do cliente, é hora de uma autoavaliação sincera: você tem o que precisa para resolver os problemas dele?
Se não tem, consegue ir em busca do que falta?
Ser bem-sucedido em um nicho de mercado exige apresentar uma solução definitiva e não uma medida paliativa.
Você deve ser visto como referência, pois só assim terá uma marca forte e consumidores fiéis.
4. Observe se existe demanda: Seu negócio precisa ser rentável, certo?
Do contrário, haverá dificuldades até para se manter.
Assim, de nada adianta dominar um nicho específico se não houver interesse suficiente pela sua oferta.
5. Analise a concorrência: Quando se trata de descobrir um nicho de mercado, um cenário com zero concorrentes é o ideal, mas não dá para negar que seja algo meio utópico.
Então, é crucial analisar o volume de concorrentes e como eles têm se comportado no mercado.
A partir de um trabalho de benchmarking, você pode aprender com a concorrência para replicar no negócio os seus acertos e realizar ajustes para não repetir os seus erros.
Isso torna a sua oferta mais consistente e o seu negócio mais forte.
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